A POESIA DO PÁSSARO CATIVO
Tinha um livro onde dizia
prender um pássaro é covardia
se o coitadinho cai no alçapão
logo é levado para a prisão
Mesmo a gaiola sendo dourada
é para o vôo muito apertada
não adianta colocar água fresca nem alpiste
porque ainda vai ficar muito triste
Se ele falasse, logo dizia
Porque me prendes ? é covardia
porque eu voava por toda a mata
bebia água numa cascata
comia o inseto que eu escolhia
e equilibrava a ecologia
Não fala a ave, diz o papai !
mas o poeta ouve o seu ai !
e a todos clama: sim, é covardia!
não prendam a ave nem a poesia
Deus nos fez livres e sua vontade
é que vivamos em liberdade...
Prof. Ângelo M. M. da Rocha
(adaptado original de Neide H.L.Marques)
domingo, 30 de setembro de 2007
Sede, muita sede!
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2 comentários:
Que foto linda.
O poema completa a sensibilidade da foto, do seu olhar.
Indiscutível a grandeza que seu olhar está adquirindo.
Parabéns sempre.
Beijos
Flavina
Paulo
Falar em pássaros logo nos lembra liberdade e espaço.
O cativeiro não foi feito para eles e, mesmo dourada, a gaiola lhes priva do melhor: buscar o vôo e a vida.
Gostei muito da associação da poesia com a foto que mostra a sede após o vôo.
Perfeita! Mostrou bem a fragilidade desses seres que além de tudo, nos brindam com sua beleza e seu canto.
Está cada vez mais gostoso apreciar seu trabalho,Paulo, está inundado de sensibilidade.
Beijos!
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