Bote estacionado
Faz tempo que a Colônia de Pescadores do Recreio dos Bandeirantes deixou de ser uma Colônia nativa, para ser um grande negócio lucrativo para os donos de barcos. Os pescadores nativos tinham suas canoas ou pequenas embarcações motorizadas que proporcionavam o sustento da Colônia. Hoje, ela está completamente descaracterizada. Os antigos pescadores e seus herdeiros são explorados pelos donos de lanchas. Essas embarcações na sua maioria são arrendadas aos nativos ou então, são explorados no trabalho recebendo uma pequena parte do pescado para se alimentarem. Aqueles que não conseguem embarcar ficam na praia esperando os barcos chegarem para ajudarem a puxar para areia. Também são pagos com peixes sem valor comercial. Famintos, não podem recusar. Com a pesca predatória das traineiras, o pescado está sumindo, diminuindo e as redes de "espera" estão cada vez mais longe. Antigamente, a 50 metros da praia se conseguia trazer peixes. As lanchas, ou barcos como eles chamam, são de fiibra de vidro e voltam quase sempre, com muito pouco peixe, quase nada. Mas o "Custo do Patrão" tem que ser honrado. É triste assistir um barco chegar vazio depois de tantas horas no mar.
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Bote estacionado
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3 comentários:
Paulo, aceitei o seu convite e vim dar um passeio aqui no seu blog.
Está sendo um longo passeio...
Por enquanto essa é a minha preferida. Mas só por enquanto: tenho certeza que me encantarei por muitas outras.
Parabéns!
Obrigado, Marluci.
Um bote assim, aportado, sugere sempre uma chegada, uma partida ou uma espera.
Gostei muito!
Bj.
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